quarta-feira, 6 de maio de 2009

Império Médio

A literatura religiosa continua durante este período, representada numa série de hinos dedicados aos deuses e aos reis, como o "Hino a Osíris", o "Hino ao Nilo", o "Hino ao rei Senuseret III" e o "Hino à Coroa Vermelha".
Data desta época aquela que é provavelmente a obra mais importante da literatura egípcia, as Aventuras de Sinué.
O Diálogo do Desiludido, obra também conhecida como Disputa consigo mesmo ou Disputa do Homem com o Seu Próprio Ba, enquadra-se naquilo que se denomina como literatura pessimista. O seu protagonista sente-se deprimido face a um mundo que percepciona como moralmente decadente, chegando mesmo a considerar o suicidio.
O Cântico do Harpista, assim denominado em função do texto ser acompanhado por representação em baixo-relevo de um harpista cego num túmulo da época, o túmulo de Intep (ou Antep) (embora o tema do harpista cego seja comum nos túmulos egípcios), apresenta um harpista triste que aconselha a calma e a procura da felicidade nas pequenas coisas da vida diária, antecipando-se a Epicuro em dois mil anos.

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