Nos textos literários desta época nota-se uma maior preocupação com o refinamento estílistico, com narrações e descrições mais detalhadas.
Os anais dos reis passaram ser inscritos em pedra em vez de papiro. Tutmés III mandou inscrever as suas campanhas militares na Síria sobre os muros do templo de Karnak e numa estela (conhecida como Estela Poética).
O género sapiencial continua a ser cultivado, sendo de destacar duas obras: o Ensinamento de Anii e o Ensinamento de Amenemope. O primeiro apresenta uma série de conselhos sobre o casamento e a vida familiar, recomendado a fidelidade entre marido e mulher e o amor entre todos os membros da família. O Ensinamento de Amenemope, cujo autor foi um alto funcionário do rei, é dirigido ao filho do autor, baseando-se este na sua experiência pessoal. O autor recomenda o respeito pelos mais fracos, a rejeição do mal, o evitar de discussões e a generosidade. Os especialistas consideram que esta obra teve influência sobre o livro dos Provérbios da Bíblia.
O rei Akhenaton, protagonista de uma revolução religiosa que fez de Aton (disco solar) o único deus digno de receber culto, foi também um poeta. É famoso o seu Hino a Aton, que apresenta bastantes semelhanças com o Salmo 104 da Bíblia.
A poesia amorosa conheceu um grande desenvolvimento nesta época. Os poemas de amor são hoje conhecidos através de quatro manuscritos. Os principais são o Papiro Chester Beaty I (que se encontra actualmente no British Museum em Londres) e o Papiro Harris 500, sendo também importantes um fragmento do Papiro de Turim e um vaso fragmentado do Museu do Cairo.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
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